Grandes nomes da Cardiologia participam de Simpósio Internacional de Arritmia Cardíaca
8 de outubro de 2015 - 03:00
Nos dias 9 e 10 de outubro, cardiologistas de várias regiões do Brasil participam do IV Simpósio Internacional de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial, que será realizado no Hotel Gran Marquise, em Fortaleza.
O evento vai abordar os mais modernos tratamentos para evitar as mortes súbitas, que vitimam mais de 300 mil pessoas todos os anos no Brasil. Já estão confirmadas as participações de convidados de países como França, Estados Unidos e Portugal, e palestrantes brasileiros que estão a frente dos principias serviços de arritmias do país.
“Essa área da cardiologia evoluí continuamente e de forma muito rápida, com o surgimento de novas tecnologias de marcapasso e material para ablação. O Simpósio vai reunir grandes nomes que atuam no tratamento das Arritmias Cardíacas e será uma oportunidade de atualizar os profissionais brasileiros sobre o que existe de mais atual na área”, revelou a presidente do Simpósio, a cardiologista Stela Sampaio Vitorino.
Entre os temas em destaque no Simpósio, Arritmias em Atletas, Morte Súbita e Arritmias Cardíacas, o Futuro do Tratamento das AC, Métodos diagnósticos, Cardiodesfibriladores implantáveis, Terapia de ressincronização cardíaca, tratamentos clínicos e intervencionistas, dentre outros. O encontro vai contar com palestras de profissionais que são referência na área como os americanos, David Martin, Vasco Marque e Maurício Arruda, o francês Sergio Cazeu e o português, Diogo Cavaco.
Stela Sampaio revela que o evento também vai alertar sobre os cuidados que se deve ter para evitar as mortes súbitas e orientar que lugares com circulação de mais de 1500 pessoas, como shoppings, hotéis, estádios de futebol, escolas, espaços para shows, devem ter desfibrilador, equipamento que reverte uma arritmia ventricular grave.
Tecnologia a serviço da saúde cardíaca
No contexto da estimulação cardíaca, houve um grande avançado nos dispositivos implantáveis, com os novos modelos de marcapasso, que apresentam uma série de recursos. Entre esses avanços podemos citar, o monitoramento remoto, que permite o acompanhamento não presencial dos portadores de dispositivos eletrônicos, com transmissão de dados através da internet e com envio de mensagens instantâneas ao médico assistente, através das diversos tipo de mídias atualmente disponíveis.
“Atualmente saímos da era onde os marcapassos serviam apenas para resgatar a “batida lenta” do coração, para novos dispositivos “mais inteligentes” capazes de detectar e tratar arritmias cardíacas. Temos hoje os cardiodesfibriladores implantáveis, capazes de detectar e reverter arritmias fatais, prevenindo assim a morte súbita naquela população de alto risco. Dispomos também dos marcapassos Ressincronizadores, que permitem uma melhora da performance “força” do coração, sendo um recurso a mais no arsenal de tratamento dos pacientes com insuficiência cardíaca avançada”, explicou a cardiologista Neyle Craveiro.
Sintomas das arritmias cardíacas
Algumas características pessoais e familiares devem ser levadas em consideração. História familiar de morte súbita em familiares jovens, com menos de 40anos, é uma dessas condições de alerta. Sintomas tais como: aceleramento, tonturas, turvação visual e desmaio também devem ser cuidadosamente avaliados por um especialista. A população em geral deve ser voltar para prevenção de fatores de risco para doença coronariana, tais como: Stress, sedentarismo, Fumo, Dislipidemia (colesterol alto) e diabetes, por esta doença está fortemente associada à presença de arritmias mais graves.
300 Mil Mortes Súbitas por ano
Outro alerta indispensável diz respeito ao elevado número de mortes súbitas que vitimam mais de 300 mil pessoas todos os anos no Brasil e que são decorrentes de problemas cardíacos, quase que na totalidade em virtude de algum tipo de arritmia cardíaca.
A maioria das vítimas de parada cardíaca é constituída por pessoas ativas que enfrentam normalmente seu dia a dia – elas, de repente, por estresse ou outra razão qualquer, sofrem um mal súbito. A incidência maior é para homens (60%), na proporção do universo das pessoas atingidas. As arritmias cardíacas respondem a 90% dos casos, conforme estudo encomendado por entidade médicas, em 2009, entre elas as SOBRAC, com base em dados oficiais do Ministério da Saúde.