Oficina qualifica municípios para atenção à doença renal e tabagismo
10 de setembro de 2015 - 12:40
Profissionais médicos, de enfermagem, farmacêuticos e coordenadores da atenção básica de dez municípios da 1ª e da 22ª regiões de Saúde participam nesta sexta-feira, 11 de setembro, a partir das 8h30min, no Hotel Plaza, Rua Barão de Aracati, 94, Praia de Iracema, da segunda etapa da Oficina de Tabagismo e Doença Renal Crônica, promovida pela Secretaria da Saúde do Estado. Cem profissionais da estratégia Saúde da Família dos municípios de Eusébio, Aquiraz, Itaitinga, Cascavel, Pacajus, Beberibe, Chorozinho, Ocara, Horizonte e Pindoretama serão atualizados nas diretrizes clínicas para o cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica (DCR) e no tratamento de dependentes do tabaco, segundo diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).
De acordo com definição da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), insuficiência renal é a perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou crônica. Em alguns pacientes com doenças graves, os rins podem parar de funcionar de maneira rápida, porém temporária. A esta situação os médicos chamam de insuficiência renal aguda. Em muitas ocasiões o paciente necessita ser mantido com tratamento por diálise até que os rins voltem a funcionar.
Insuficiência renal crônica é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Até que os rins estejam funcionando somente com 10 a 12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento, como diálise ou transplante renal.
Opções de tratamento
O tratamento do tabagismo no Brasil é desenvolvido com base nas diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pelo PNCT. As orientações do programa seguem as principais diretrizes internacionais relacionadas ao tratamento do tabagismo. Assim, o SUS oferece aos fumantes que desejam parar de fumar tratamento adequado, com metologia baseada em evidências científicas.
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studar, da rede de unidades da Secretaria da Saúde do Estado, é referência no tratamento de fumantes e dispõe do Programa de Controle doTabagismo, que há mais de dez anos ajuda pessoas que querem vencer o vício pelo tabagismo. Cerca de 2.800 pacientes já foram atendidos pelo programa. Destes, 51% permanecem sem fumar pelo menos um ano depois. O sucesso terapêutico é elevado, com taxa de abstinência tabágica de 48% em pelo menos 1 ano. Além da assistência médica, este programa, ao longo dos anos, ampliou suas ações para ensino e pesquisa clínica.
O Programa de Controle do Tabagismo do HM iniciou as atividades em 2002, sendo o primeiro tratamento público com distribuição gratuita de medicação para aliviar os sintomas de abstinência. A equipe do Programa de Controle do Tabagismo atendeu 2.800 pacientes. A taxa de abstinência após a participação é de 60%. O telefone do programa é o (85) 3101.4062.