Tempo Porta Balão: HM alcança meta internacional no atendimento a pacientes com infarto
10 de setembro de 2012 - 03:00
Referência nacional no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas e pulmonares, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes tem alcançado metas internacionais nos últimos meses. A instituição está conseguindo reduzir o tempo de atendimento do paciente vítima de infarto do miocárdio, desde a entrada no hospital, até o tratamento de emergência.
Essa meta, chamada de “Tempo Porta Balão”, foi criada para diminuir o índice de mortalidade por infarto do coração, que hoje é de 80 mil casos, por ano, no Brasil. O tempo máximo ideal do “Tempo Porta Balão” é de 90 minutos, segundo recomendação da American Heart Association. Equipes do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes conseguiram um feito histórico de reduzir o “Tempo Porta-Balão” para 83 minutos.
O cardiologista e chefe do setor de hemodinâmica, Dr. Erirtônio Façanha explica que quanto mais precocemente se restabelece o fluxo na artéria coronária responsável pelo infarto, melhoram as chances de sobrevida e diminuem as complicações que podem surgir no paciente. Dr. Erirtônio afirma que a angioplastia é o tratamento mais eficiente com o intuito de desobstruir uma artéria fechada há poucas horas no paciente. “A técnica utiliza um minúsculo balão que é conduzido através de um cateter e direcionado por um fio guia, que será insuflado dentro da artéria que está obstruída com placas de gordura e coágulos” explica Dr. Erirtônio.
Por mês, o Hospital de Messejana chega a realizar mais de 70 angioplastias primárias. “O HM é o hospital que mais realiza angioplastias primárias no Brasil. O volume destes procedimentos surpreende muitos cardiologistas e o modelo do Hospital de Messejana já foi apresentado, inclusive em Salvador, para que lá implantassem o mesmo sistema” revela Dr. Erirtônio.
A diretora geral do Hospital de Messejana, Dra. Socorro Martins explica que a redução do “Tempo Porta Balão” é uma conquista, além de ser um privilégio de poucos hospitais do mundo. Ela aponta algumas medidas que influenciam diretamente os resultados. “O Hospital de Messejana funciona com “portas abertas” para receber todos os pacientes, a rápida identificação do infarto pela história clínica e realização de exames complementares, agilidade das equipes, a logística do pronto atendimento com a chegada do paciente no setor, a habilidade e capacidade da equipe médica e de enfermagem que convivem com o manuseio desta situação clínica (infarto agudo do miocárdio) há vários anos e o funcionamento da hemodinâmica por 24 horas de forma ininterrupta com médico cardiologista intervencionista no plantão desde setembro de 2003″ explica Dra Socorro.